quinta-feira, 3 de março de 2016

SE FOSSE AO CONTRÁRIO?

Essa semana a Colônia Penal Feminina do Recife, conhecida por Colônia Bom Pastor-CPFR, passou por o momento no mínimo inusitado, uma presa desferiu um soco no rosto de uma Agente Penitenciária Feminina, digna de uma lutadora de UFC. Resultado: a Agente Feminina teve que implantar dois dentes, cortou a boca e se encontra em situação psicológica abalada. A presa, foi levada à Delegacia para ser autuada em Flagrante por lesão corporal.
Mas, vem ai a pergunta que não quer calar. Se fosse ao contrário? E se a presa estivesse sido a vítima e não a Agente Feminina? Ah! o quadro seria outro. A Agente Penitenciária seria afastada das suas funções, responderia ao Processo Administrativo Disciplinar que com certeza, lhe causaria sua demissão. Abre-se-ia um Processo Criminal para verificar a "tortura" a qual  a presa, "vitima da sociedade" tinha sofrido por parte da Agente Penitenciária. Não poderia deixar de existir, claro, a denúncia dos Direitos Humanos de "tortura" ´por parte da Agente e a pressão para demitir de toda forma essa má funcionária e trancafiá-la no COTEL!
O que me estarrece a sem dúvida a omissão do Estado acerca de uma conduta mais rígida contra essa presa, pois é cediço o histórico dela de tentativas de homicídios contra suas consortes e sua conduta disciplinar ser péssima. Porque essa presa não entrou ainda no Regime Disciplinar Diferenciado? O Estado pode pedir isso ao Poder Judiciário! O que vai precisar acontecer? que essa ela mate uma Agente Penitenciária Feminina para se tomar uma atitude mais enérgica por parte do Governo? Vai ser necessário enterrarmos uma companheira de trabalho, mãe de família, cidadã cumpridora dos seus deveres e das suas funções morrer para só aí, encaminhar a presa ao RDD?
A categoria não pode aceitar isso de com naturalidade. temos que pressionar o Governo para que se tome medidas severas, tendo em vista que o soco que a companheira levou não atingiu apenas ela, mas toda uma categoria e também, o Estado, já que a função de Agente Penitenciária está imbuída de ser sua representante. É a presença do Estado nos Presídios. O governo está sendo desmoralizado, assim como está desmoralizada nossa categoria se aceitar essa atitude covarde com a companheira de braços cruzados sem reagir e cobrar severa punição para a presa e assistência psicológica e social adequada do Estado para a companheira. Esse tipo de fato deixa bem nítido de o quanto precisamos URGENTEMENTE de contratar mais efetivo de Agentes Penitenciários, pois o quadro atual dos Agentes deixa vulnerável qualquer presídio, seja ele masculino ou feminino propício a ocorrer novamente tal covardia ou uma tragédia maior. SINDASP PE e a categoria tem a obrigação de se mobilizar em apoio a companheira e blindá-la de porventura, os defensores dessa espécie de gente venha distorcer os fatos para ao final, inverter os pólos da história, transformando nossa companheira de vítima em algoz.


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